Atualmente, vemos várias notícias sobre alimentos contaminados, que acaba por meter em causa a nossa confiança na indústria de alimentos em geral no mundo todo.

E por isto, entender a diferença entre os programas do GFSI (Global Food Safety Initiative), torna-se essencial para compreender a sua importância para a Segurança dos Alimentos.

De forma a contrariar estas notícias, e para recuperar a confiança das pessoas, os fornecedores começaram a ser auditados de forma mais exigente, para se garantir que eles atendiam os requisitos de segurança de alimentos, e assim foi criada a GFSI, no ano de 2000.

Assim, foram definidos requisitos para avaliar os diferentes programas de certificação em segurança dos alimentos. A partir dessa avaliação, foram adotados os programas de certificação FSSC, BRC e IFS.

Desde outubro de 2020, a A IFS Food tem uma nova versão (7). As principais alterações dizem respeito ao processo de certificação.

O sistema de pontuação foi revisto, e foi introduzida a obrigatoriedade de realização de uma auditoria não anunciada em cada ciclo de três auditorias. Além disso, também se vai dar uma maior importância à avaliação da fábrica e menos na da documentação.

A auditoria passa a ter uma duração mínima de dois dias (com 50% do tempo da auditoria a ser desenvolvido no terreno).

Outra alteração é no sistema de pontuação.

De modo a determinar se os pedidos da IFS estão a ser cumpridos, o auditor tem de avaliar todos os requerimentos da “check-list”, que podem ser classificados como regulares ou como KO.

Quando os requisitos são classificados como KO, não se verificam conformes, não sendo dado nota suficiente para a obtenção da certificação.

O sistema de pontuação da norma IFS inclui uma faixa de pontuação com base no nível de conformidade do requisito, indo desde a conformidade total até um desvio e/ou não conformidade.

Como requisitos KO, temos 10:

• Responsabilidade da Gestão de Topo
• Sistema de monitorização de cada PCC
• Higiene Pessoal
• Especificação de matérias-primas
• Conformidade da receita
• Gestão de corpos estranhos
• Sistema de rastreabilidade
• Auditorias internas
• Processo de retirada
• Ações corretivas

Além das ações corretivas, as empresas devem incluir também as correções realizadas e as evidências da sua implementação.

A IFS Food versão 7 tem menos 15% de requisitos, e o prazo de entrega é estendido para quatro semanas após a receção do relatório e plano de ação provisório.

Para se proceder à certificação, a auditoria será focada nos seguintes pontos:

1. Abordagem baseada no produto e no processo
2. Amostragem de produto baseada no risco
3. Avaliação no local
4. Avaliação do processo produtivo
5. Inspeção e revisão de registos e documentação
6. Qualificação do auditor
7. Ciclo anual de auditorias
8. Certificação por entidades acreditadas à norma ISO/EIC 17065:2012
9. Vigilância e harmonização das regras pela IFS

Conforme o estatuto de certificação da empresa, existem quatro tipos de auditoria:

1. Auditoria inicial
2. Auditoria de Recertificação
3. Auditoria de Acompanhamento
4. Auditoria da Extensão

Todas passam pelos seguintes passos:

• Reunião de abertura
• Avaliação do sistema de segurança e qualidade existente
• Avaliação no local de produção
• Documentação e avaliação dos documentos e procedimentos
• Conclusões finais da auditoria
• Reunião de encerramento

É inegável a importância que a implementação de Sistemas de Gestão da Qualidade e Segurança Alimentar tiveram, visto que garantem um sistema de produção seguro para o consumidor final.

A IFS é muito vantajosa para as empresas que queiram aumentar a sua competitividade no mercado visto ser conhecido internacionalmente como um referencial, que permite a entrada em diversos mercados internacionais.

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